Os Filhos Deste Solo
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Exposição Os Filhos Deste Solo apresenta histórias de superação da pobreza
Mostra multimídia faz parte das comemorações dos dez anos do Programa Bolsa Família e será inaugurada na próxima sexta-feira (11/09/2013)
O olhar autoral de cinco artistas – os fotógrafos Edu Simões e Marcelo Curia, a artista visual Rochelle Costi, o músico Dani Roland e o cineasta Felipe Diniz – documenta o desenvolvimento social do país nos últimos dez anos. Esta é a exposição multimídia Os Filhos Deste Solo: olhares sobre o povo brasileiro, que será aberta na próxima sexta-feira (11), no Anexo do Museu da República, em Brasília, e fica em cartaz até o dia 31 de outubro de 2013.
A mostra traz painéis e projeções fotográficas, documentos, vídeos, depoimentos, infográficos, trilha sonora original e instalação artística que mostram os impactos positivos das novas políticas públicas na vida dos brasileiros. Como fio condutor da mostra estão as histórias de cinco mulheres de Sergipe, Pará, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Todas são beneficiárias do Programa Bolsa Família e, em diferentes estágios, estão superando a situação de pobreza.
Por meio de fotografias e vídeos, o paulista Edu Simões e o gaúcho Marcelo Curia contam a história de vida e superação de cada personagem: Odete fez um curso de qualificação profissional e trabalha como armadora de ferragem na construção civil no Sul; Cida produz alimentos orgânicos em pleno Semiárido; Ivanilda, a silenciosa artesã e agricultora da floresta; Maria, retirante do sertão, que alimenta crianças em uma creche na Rocinha; e Iolanda, que superou as drogas em nome dos filhos e hoje trabalha e vive na selva urbana de São Paulo.
“As personagens representam a ampla diversidade cultural, étnica e regional brasileira e ilustram o cotidiano de famílias que superaram a situação de exclusão por meio de programas sociais e conquistaram uma vida melhor pelo trabalho”, explica a curadora da mostra, Carla Joner.
A artista Rochelle Costi e o cineasta Felipe Diniz trabalharam com um acervo de cartas enviadas por cidadãos e beneficiários de programas sociais ao Governo Federal. A instalação Envio, de Rochelle, é um móbile feito a partir de fac-símiles de cartas, e as Vídeocartas, de Diniz, reproduzem trechos dessas cartas nas vozes de atores.
A montagem de Os Filhos Deste Solo: olhares sobre o povo brasileiro conta com área expositiva interna de aproximadamente 500 metros quadrados, dividida em dois ambientes, com projeto cenográfico e museográfico concebido pelo arquiteto Álvaro Razuk. O cuidado com a ambientação e a criação de um percurso intimista mostra os diversos aspectos levantados pela curadoria.
A exposição é realizada pela Caixa, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e faz parte da comemoração dos dez anos do Programa Bolsa Família – série de eventos com o objetivo de mostrar a trajetória do programa de transferência de renda, seus resultados e sua contribuição para os avanços na vida da população (confira a programação completa no hotsite dos 10 anos do Bolsa Família). A partir de fevereiro de 2014, a mostra percorrerá outras regiões do país.
Serviço
Exposição Os Filhos deste Solo: olhares sobre o povo brasileiro
Quando: de 11 a 31 de outubro de 2013
De terça a domingo, das 9h às 18h30
Onde: Anexo do Museu da República - Setor Cultural Sul lote 2
Visitas guiadas: agendamento pelos telefones (61) 8117-7077 e 3962-3011 ou pelo email giselle.cerimonial@gmail.com (com Giselle Varela)
Entrada Franca
Perfis dos artistas
Edu Simões
O paulista Edu Simões iniciou sua carreira como fotojornalista em 1976. Três anos mais tarde, tornou-se um dos membros fundadores da agência F4, na qual permaneceu até 1982. Integrou a equipe da revista ISTOÉ e foi editor de fotografia das revistas Goodyear, Bravo! e República. Em 1996, deu início à série de ensaios fotográficos dos Cadernos de Literatura Brasileira, do Instituto Moreira Salles, em 1996. Foi contemplado com os prêmios Marc Ferrez (2012), Vladmir Herzog de Direitos Humanos (1980), ABERJE de Fotografia (1989) e ABRIL de Ensaio Fotográfico (1995). Suas obras integram os acervos da Coleção Pirelli/MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), do MAM-SP (Museu de Arte Moderna de São Paulo), da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do MIS-SP (Museu da Imagem e do Som de São Paulo), do MAB-Faap (Museu de Arte Brasileira), da Coleção Mastercard e da Maison Européenne de la Photographie. Em 2012 publicou o livro Amazônia, pela editora Terra Virgem. Em junho de 2013 apresentou o trabalho Eu Tenho Um Sonho, exposição a céu aberto na Favela da Rocinha.
Marcelo Curia
Fotógrafo e jornalista, nascido em Porto Alegre, Marcelo Curia é colaborador da National Geographic desde 2002. Trabalha como fotógrafo freelancer para diversas publicações, como Viagem e Turismo, Globo Rural, Casa Claudia, Brasileiros, entre outras. É autor do livro e exposição História de Pescador, sobre a vida de pescadores na Lagoa dos Patos. Atualmente, se dedica ao projeto sobre o litoral do Rio Grande do Sul, O Caminho da Praia. Integra o grupo de fotógrafos Baita Profissional.
Rochelle Costi
Rochelle Costi nasceu em Caxias do Sul (RS) e se formou em Comunicação Social na PUC-RS, em 1981. Pouco depois começou a se dedicar à fotografia de expressão pessoal, caracterizada pela acumulação de objetos e pelas composições em série, em trabalhos que extrapolam os limites da linguagem estritamente fotográfica para dialogar com outros meios de expressão artística. Participou de importantes mostras nacionais e internacionais, tais como a I Quadrienal de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo (1985); Novas Travessias: New Directions In Brazilian Photography, na Photographers Gallery (Londres, Inglaterra, 1995); Sampa, no Stedelijik Museum (Amsterdã, Holanda, 1996); e VI Bienal de La Habana (Cuba, 1997). Ganhou o Prêmio Marc Ferrez em 1997 e a bolsa Vitae de Artes em 2000. Possui obras em coleções públicas como a Caixa Geral de Depósitos (Lisboa/Portugal), o Centro Gallego de Arte Contemporáneo (Santiago de Compostela/Espanha), a Cisneros Fontanals Art Foundation (Miami/USA), a Coleção do Centro de Arte Contemporânea Inhotim (Brumadinho/Brasil), a Coleção Itaú (São Paulo/Brasil), a Fonds National d’Art Contemporain (Marselha/França), a Fundación Arco (Madri/Espanha), o MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (São Paulo/Brasil), o MAM-SP - Museu de Arte Moderna de São Paulo (São Paulo/Brasil), o MAM-RJ - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro/Brasil), o Museum Moderner Kunst Stiftung Ludwig (Viena, Áustria), o Museum of Latin American Art (Long Beach/EUA) e o San Diego Museum of Contemporary Art (La Jolla/EUA).
Felipe Diniz
Felipe Diniz é diretor de cinema, sócio da Modus Produtora de Imagens em Porto Alegre. Dirigiu os documentários Histórias de Esquina (2006), Arquivos da Cidade (2009) e Maria da Penha, um Caso de Litígio Internacional (2011), em coprodução com a Casa de Cinema de Porto Alegre, entre outros. Atualmente finaliza o média metragem Por Onde Passeiam Tempos Mortos, com previsão de lançamento para dezembro. Pesquisador na área de cinema e audiovisualidades, é mestre em comunicação pela UFRGS.
Dany Roland
O carioca Dany Roland é um artista multimídia: produtor musical, músico, diretor de cinema e ator. Em 1978, ele formou o grupo A Gota (depois A Gota Suspensa), influenciados pelos ritmos dos anos 60 e 70 (Beatles, Tropicália, Novos Baianos, Rita Lee, Pink Floyd etc.). Com esse nome, o grupo lançou um LP independente em 1983, chamando a atenção de várias gravadoras. A Gota mudou de nome e passou a se chamar Metrô, uma das bandas que fizeram muito sucesso nos anos 80. Ele produziu várias trilhas para exposições/instalações, como: Rio + 20 – Humanidade, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro (2012); Módulo Barroco na Brasil 500 anos - Mostra do Redescobrimento, na Bienal de São Paulo (2000); Pavilhão do Brasil - EXPO 2000, em Hannover, Alemanha (2000); Grande Sertão Veredas, inaugurando o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Ele ainda criou a obra sonora Pour Toujours a Jamais, na 7ª Bienal do MERCOSUL, em homenagem a John Cage. Dirigiu o longa metragem Crede+mi, com Bia Lessa, exibido nos festivais de Berlim, San Francisco, entre outros. Atualmente, como músico, produz e toca com o trio Os Ritmistas.
Carla Joner
Carla Joner é curadora e diretora da empresa Joner Produções, especializada em projetos especiais que incentivam a produção cultural brasileira. Coordenou a produção cultural das oito edições da Feira Brasil Rural Contemporâneo, já realizadas em Brasília, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, possibilitando encontros entre artistas “consagrados” da MPB e a música de raiz. Na área do audiovisual, foi responsável pela produção e fotografia do making of do projeto de pesquisa musical Sons e Imagens da Terra: Cantos de Trabalho do Brasil, de Benjamin Taubkin, entre outros projetos da área. Foi diretora geral do espetáculo Legalidade, o Musical, o primeiro musical montado no Rio Grande do Sul, por ocasião das comemorações do cinquentenário da Campanha da Legalidade - revolta militar e política brasileira liderada por Leonel Brizola em 1961. É responsável também pela concepção artística do Memorial da Legalidade, localizado no Palácio Piratini, sede do Governo do RS. Junto com Marcelo Branco, idealizou o projeto Conexões Globais, evento de debates e ações culturais que, por meio das novas mídias digitais, estabelece relações entre as novas dinâmicas sociais da internet com os movimentos sociais históricos, promovendo encontros entre a cultura digital e a cultura popular.
Evento
















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