Corpos Dançam
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Ítalo Calvino
Corpos dançam as metáforas e as imagens de Ítalo Calvino
FAC – Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Estado de Cultura do Governo do Distrito Federal apresenta o espetáculo de dança Os lugares sem, que traz a literatura do escritor italiano para o palco e problematiza a presença do corpo na cidade.
Estreia no final do mês de outubro, em Brasília-DF, o espetáculo Os lugares sem, do diretor e coreógrafo Marcos Buiati. Em cena, três dançarinos trazem ao palco coreografia inédita inspirada livremente no livro As cidades invisíveis, do escritor italiano Ítalo Calvino. Com apoio do FAC, o projeto inicia sua temporada de apresentações no espaço Pé Direito, na Vila Telebrasília, nos dias 31/10/2015 e 1/11/2015. Depois segue para o Gama, no Teatro Sesc Paulo Gracindo, no dia 3/11/2015, onde faz duas sessões, e, a seguir, para Taguatinga, no Teatro Sesc Paulo Autran, nos dias 1711/2015 e 18/11/2015. Na Vila Telebrasília e em Taguatinga, o público terá a oportunidade de participar de um bate-papo com o diretor e o elenco após as apresentações.
Os Lugares Sem é sobre uma viagem. É sobre estar em movimento e em deslocamento, e dar vazão às transformações do percurso. Uma viagem de começo indefinido e final duvidoso. Desdobramentos provocados a partir das cidades e lugares metafóricos do livro. “Para mim, é disso que se trata: o que o livro nos apresenta são imagens e metáforas, não histórias”, explica Marcos, que se apropriou livremente dessas imagens na criação do espetáculo, sem pretender fazer uma adaptação da obra literária. “É o meu olhar como criador, como artista, que precisa conseguir fazer pontes com o público, fazer a obra criar pontes”, lembra o coreógrafo. Se as pontes chegarem no livro, para quem já leu ou para alguém que assistir e ler depois, é uma consequência, bem vinda, mas não obrigatória.
Para o diretor, a obra de Calvino é instigante para quem pesquisa Dança Contemporânea porque sua abordagem exalta a presença do corpo humano na cidade: “Calvino descreve as diferentes formas de comportamento e de movimento de seus personagens relacionando tais distinções com as diferentes cidades em que estes habitam”.
Na trajetória do espetáculo, emergem memórias, desejos, trocas, símbolos, nomes, mortos, céus, e tantas outras imagens que metaforizam nossa existência. Segundo Marcos, imagens que povoaram o processo de criação a partir da colossal obra de Ítalo Calvino.
Experiente dançarino e pesquisador, Marcos atua como coreógrafo desde 2004, e paralelo à sua atuação como intérprete, desenvolve suas pesquisas no eixo Goiânia – Brasília, realizando projetos independentes, cursos e workshops, além de pesquisa acadêmica.
As cidades visíveis e invisíveis
Em As cidades invisíveis, Ítalo Calvino, que é considerado um dos escritores mais importantes e instigantes da segunda metade do século XX, relata o diálogo fantástico em que o mercador veneziano Marco Polo descreve minuciosamente ao imperador mongol Kublai Khan 55 cidades por onde teria passado. “É uma obra que, para além de seu inegável valor literário, traz consigo fortes aspectos antropológicos e geográficos”, esclarece Marcos Buiati.
Quanto a estes aspectos, Marcos cita ainda o geógrafo Milton Santos, cujo aporte teórico orientou o olhar do coreógrafo para a obra literária, para quem “a cidade surge, assim, como reflexo direto de seus habitantes, que a ‘produzem’ segundo seu momento histórico, sua cultura, seus sistemas econômicos”.
Os Lugares Sem é portanto um espetáculo que fala também da nossa experiência como cidadãos na paisagem urbana. “A convergência dessas influências ‘molda’ o comportamento geral da sociedade, tais como o movimento e a cultura corporal, seus hábitos, suas indumentárias funcionais, seus caminhos ditados pela necessidade ou busca pelo prazer, pelos modos da época, pela idiossincrasias simbólicas e cotidianas, enfim, todo um conjunto de substratos ricos para a dança”, explica. Os lugares sem é sobre isso também, sobre estar atento às metamorfoses que nos habitam e nos tornam outros. E deixar elas emergirem. “Emergirem viajantes, palhaços, mercadores, hienas, elefantes, aves, desertos, e percorrer esses desertos. É percorrer nossos desertos, sozinhos.”
Na página eletrônica www.oslugaressem.com.br, o público tem acesso a todo material produzido pelo projeto além da divulgação de todas as etapas de sua realização e da produção cultural relacionada à dança em Brasília. Interativo, permite a colaboração dos usuário e é acessível a deficientes visuais. Em todas as sessões a entrada é mediante a doação de 2 kg de feijão.
Os Lugares Sem
Espetáculo de dança
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Ficha Técnica:
Direção e coreografia: Marcos Buiati
Dançarinos: Lívia Bennet, Marcos Buiati, Vitor Hamamoto
Figurinos: Nina Maria
Iluminação: Marcelo Augusto
Videomaker: Gustavo Letruta
Assistente de produção: Mateus Vieira
Gestão, produção e assistência de coreografia: Edson Beserra
Espaço Pé Direito, Vila Telebrasília
Dias: 31/10/2015 e 1/11/2015, sab. às 21h e dom às 20h
Bate-papo com o elenco e o diretor após as sessões
Endereço: Rua 1, Casa 23, Vila Telebrasília – DF
Lotação do teatro: 40 lugares
Entrada: 2 kg de feijão
Teatro Sesc Paulo Gracindo
Dia: 3/11/2015, ter., 17h e 20h
Endereço: Setor Leste Industrial, QI 1 Lotes 620, 640, 660 e 680, Gama – DF
Lotação do teatro: 360 lugares
Informações: (61) 3484-9103
Entrada: 2 kg de feijão
Teatro Sesc Paulo Autran
Dias: 17 e 18/11/2015, ter. e qua., 20h
Bate-papo com o elenco e o diretor após as sessões
Endereço: CNB 12, AE 2/3, Taguatinga – DF
Lotação do teatro: 120 lugares
Informações: (61) 3451-9103
Entrada: 2 kg de feijão

Release artístico Os Lugares Sem:
É sobre uma viagem. É sobre estar em movimento e em deslocamento, e dar vazão às transformações do percurso. Uma viagem de começo indefinido e final duvidoso. No caminho, na trajetória, emergem memórias, desejos, trocas, símbolos, nomes, mortos, céus, e tantas outras imagens que metaforizam nossa existência. Imagens que povoaram nosso processo de criação a partir da colossal obra de Italo Calvino, As cidades invisíveis.
Estar em movimento é estar em mutação. Os lugares sem é sobre isso também, sobre estar atento às metamorfoses que nos habitam e nos tornam outros. E deixar elas emergirem. Emergirem viajantes, palhaços, mercadores, hienas, elefantes, aves, desertos. E percorrer esses desertos. É percorrer nossos desertos, sozinhos.
Assim, traçamos um mapa múltiplo, que se permite nunca terminar, mas sempre mudar. Nunca se prendendo à coisa, ao nome. Criando apenas lugares sem…
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