Travessia
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Programação:

Oficina com Ligiana Costa
Presencial, o local será informado apenas aos/às participantes, de 9 a 12/12.

Show de abertura com Ligiana Costa
Presencial, no Teatro SESC Garagem, dia 13/12, às 20h.
Exibição on-line a partir das 20h do dia 14 e ao longo das 48 horas seguintes, na plataforma do Festival.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos.

Cartografia do Abismo
Presencial, no Teatro SESC Garagem, dias 14 e 15/12, às 20h.
Exibição on-line a partir das 20h do dia 15 e ao longo das 48 horas seguintes, na plataforma do Festival.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos.

Blanc
Exibição on-line, via YouTube, dia 14/12, às 21h, e disponível ao longo das 48hs seguintes, na plataforma do Festival.
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos.

Caso Cabaré Privê
Transmissão on-line ao vivo, acessando o site travessiafestival, nos dias 15 e 16/12, às 21h.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 16 anos.

Malacatifa
Presencial, dia 16/12, na Birosca (Conic), das 16h às 19h.
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos.

Carnaval Silencioso
Presencial, dia 17/12, Devido à Pandemia de Covid-19, o local de partida não será divulgado.
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos.

Heróis
Presencial, no Teatro SESC Garagem, dias 16 e 17/12, às 20h.
Exibição on-line a partir das 20h, do dia 17, e ao longo das 48 horas seguintes, na plataforma do Festival.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos.

Hamlet Tercero
Presencial, no Teatro SESC Garagem, dias 18, às 20h, e 19/12, às 19h.
Exibição on-line a partir das 20h do dia 19 e ao longo das 48 horas seguintes, na plataforma do Festival.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos.

Eu Quero Acreditar que Estou Voltando
Exibição on-line, via YouTube, dia 18/12, às 21h, e disponível ao longo das 48hs seguintes, na plataforma do Festival.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos.

Festa show de encerramento com Thabata Lorena, Josyara e DJ
Presencial, na Birosca, dia 19/12/21 às 21h.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos.

Sinopses dos espetáculos

Cartografia do Abismo, direção de Luis Alonso
A partir de textos do autor Antonin Artaud e de depoimentos pessoais do ator Caio Rodrigo, a ação cênica propõe uma investigação das fronteiras entre Loucura/lucidez, ficção/realidade, linguagem/vida e provoca questionamentos acerca da matéria do discurso em seus papéis artísticos, sociais, éticos. O espetáculo intervém em espaços desconstruídos, em construção ou abandonados, prezando pelo diálogo entre o asséptico do que é vivenciado e o sujo e o opressor do que está em volta. Diálogo que gera um discurso com a sociedade na busca de uma limpeza das estruturas no meio da desordem que atinge o ser humano. Inspirado no universo de Artaud, Caio faz uma viagem pelo pensamento fragmentado da obra, expondo as vísceras do seu universo. Traça um paralelo entre a personalidade como ente ético e social do ator contemporâneo e o pensamento filo?sofo-teatral de personagem francesa, interpretada por Caio.

Malacatifa, da Tríade Brinquedo
Projeto multiartístico de ocupação dos espaços públicos. Criado pelos artistas brasilienses Ana Flavia Garcia, Elisa Carneiro e Gabriel Guirá, o projeto é despertado pela força simbólica da serpente, que surge no caminho dos transeuntes quase imperceptível causando curiosidade, fascínio e espanto. No formato de exposição interativa, Malacatifa é estruturado pela interseção entre artes visuais, teatro, poesia, literatura e música. Gestada e nascida em tempos de isolamento social, o projeto nasceu do desejo de esgarçar as possibilidades de encontro, como desdobramento de uma investigação contínua da Tríade Brinquedo sobre a relação entre arte e cidadania, e de uma característica já identitária do grupo: poéticas e estéticas que bebem do território dos sonhos e da brincadeira.

Carnaval Silencioso
Idealizado pela Andaime Cia. de Teatro em parceria com o DJ Ops, Carnaval Silencioso é o bloco fora de época que atravessa a cidade com foliãs ouvindo a mesma música em fones de ouvido. Quem sintoniza a estação ouve músicas de carnaval em uma deliciosa festa itinerante. De longe o que se vê são pessoas a dançar, muita alegria e um silêncio que não cala. O Carnaval Silencioso é uma manifestação artística que atravessa questões políticas sobre cultura, diversidade e ocupações artísticas urbanas. É arte política contra os silenciamentos que as leis, as morais e as políticas aplicadas no Brasil têm sido praticadas, o que desperta debates nas esferas pública e pessoal da Capital e do país. A folia acontece há 11 anos consecutivos e já aportou na República Tcheca e Portugal.

Heróis, escrito e encenado por Paulo Azevedo
Ele é um astro do rock no auge da fama. Está esgotado pelas demandas e precisa apenas de um respiro. No caminho para mais um compromisso, se depara com uma formiga. Encontro inesperado que desencadeia em uma jornada interna de resgate a questões deixadas para trás. Nesse mergulho, busca razões íntimas para seguir. Heróis é livremente inspirado nas canções e biografias de David Bowie, Lou Reed e outros stars dos anos 60 e 70. O roteiro original cria um panorama do rock, daquelas décadas, com músicas de David Bowie, Elton John, Lou Reed, Pink Floyd, The Rolling Stones, The Doors e outros. A montagem parte dos mitos em torno do artista para abordar a relação com o tempo e os valores do mundo contemporâneo. O espetáculo é o episódio "Música" da "Trilogia Solo", idealizada, escrita, dirigida e interpretada por Paulo Azevedo, com realização da Suacompanhia Criações Artísticas.

Hamlet Tercero, com direção de Diego Aramburo
Com a morte do pai, os filhos entram na disputa pela herança que lhes corresponderia. Surgem, a partir daí, questionamentos, Essa herança é de fato desejada?. O que essa herança implica, além de privilégios?. Manter-se no mesmo círculo e na mesma lógica, ainda é aceitável?. Acontece que na Bolívia o pai não é tudo. Apesar da masculinidade permear tudo, a mãe é e sempre será o elemento central e mais decisivo em seus cotidianos. Qual será a posição assumida por esta figura materna, em relação ao dilema?; Será, que por fim, o reflexo característico da humanidade (que não é apenas o homem cis e heterossexual europeu), finalmente os levará a agir?

Blanc, de Vania Vaneau
A obra reúne a linguagem física, a coreográfica e um forte componente plástico com a produção e uso de diversos trajes e máscaras. O movimento é combinado com a dimensão visual em um trabalho sobre o colorido em contraste com o preto e o branco, evocando um tipo de carnaval onde são convidadas figuras situadas entre o humano, o animal e a natureza, pertencentes a lugares e a temporalidades indeterminadas. O acompanhamento musical faz do trabalho uma obra entre a performance, o concerto e a peça de dança. Blanc nasce do desejo de acessar um local de vertigem, explorando as diferentes facetas do indivíduo, revelando a multidão, o múltiplo que vive o singular, assim como a luz branca, composta de todas as cores.

Caso Cabaré Privê, com concepção e direção de Pedro Granato
A montagem estreou pela plataforma Zoom em agosto de 2020 tendo todas suas sessões lotadas. Vencedor do Prêmio APCA na categoria jovem e pelo Prêmio We Do! nas categorias Interatividade, Direção e Júri Popular. O espetáculo faz parte da pesquisa do Núcleo Pequeno Ato a respeito do teatro imersivo e a formação de novos públicos. Na trama, o filho do Presidente é encontrado morto em um cabaré privativo e o público é convidado a investigar as pistas antes do anúncio oficial para imprensa. Nenhuma performer do estabelecimento pode sair e começam as interrogações conduzidas por um delegado. O público é direcionado para cabines privê e pode interrogar as personagens. Os atores fazem a encenação em tempo real, executando as cenas e interagindo com a plateia, que assiste tudo direto de suas casas por meio de salas virtuais. Dessa forma se estabelece um jogo imersivo a partir dos registros do celular do filho do presidente, que funciona como um flashback, para ajudar na elucidação do que aconteceu naquela noite. Essa é a única cena gravada previamente onde o grupo respeitou todos os protocolos de segurança e distanciamento físico. Para a adaptação, os atores usaram suas próprias casas como cenário e pensaram as ambientações utilizando elementos cênicos e a iluminação que tinham disponíveis para construir o universo de cada interpretação.

Eu Quero Acreditar que Estou Voltando, com direção de Vivian Martínez Tabares
Com referências iniciais de Augusto Boal (criador do Teatro do oprimido), do teatro documento, de Bertolt Brecht, e do teatro de agitação e propaganda, nasceu essa experiência de criação artística, vocação popular e compromisso, que soube incorporar novas fontes e amadurecer um trabalho sempre articulado ao processo social e político do Peru. Sua permanência e fecundidade demonstram a vitalidade do grupo, sua constante capacidade para a autocrítica e sua habilidade organizadora, que combina projetos grupais e espaço para a expressão individual diferenciada de seus membros. O espetáculo celebra os 50 anos do Grupo Cultural Yuyachkani.
Espetáculo
As Artes Performáticas ganham protagonismo em Brasília, com a primeira edição do festival internacional
Travessia
Mostra interseccional de linguagens artísticas com exibições em palcos e espaços públicos da cidade, bem como em plataformas virtuais.
Atravessada por vertentes distintas do fazer artístico, as Artes Performáticas sugerem uma mudança de paradigma. A partir do hibridismo e da experimentação, expõem peças que não mais descrevem ou representam algo, mas se resumem a experiências que produzem no espectador, por vezes, também participante.
Conduzir o público de Brasília através de uma jornada no universo dessas artes provocantes é o que propõe o Travessia. Festival com idealização e curadoria de Alaor Rosa que vai ocupar, entre os dias 13 e 19 de dezembro de 2021, o palco do SESC Garagem e o Conic, além de espaço público.
Em formato híbrido, com sessões presenciais e outras virtuais, o Festival convidou, para esta edição inaugural, três montagens internacionais, duas locais e três de outras regiões do Brasil. Polissêmico, Travessia apresenta, ainda, dois shows musicais e uma oficina.
Segundo Alaor Rosa, criador do Festival, "buscamos tangenciar o novo e desta forma levar experiências inesquecíveis ao encontro do público", sugere o curador, cuja trajetória, de 40 anos dedicados às artes, acumula experiências vividas em festivais e mostras de teatro e dança pelos quatro cantos do mundo.
Com critério e olhar apurado, Alaor convidou para a primeira edição de Travessia a atrações que seguem:
Entre os internacionais, poderão ser conferidos o espetáculo da Bolívia, "Hamlet Tercero", inédito no Brasil e com direção de Diego Aramburo, tem sessões presenciais e on-line; o francês "Blanc", dirigido por Vania Vaneau; e "Eu quero acreditar que estou voltando", do grupo cultural peruano Yuyachkani, ambos com sessões on-line.
Entre os nacionais, "Cartografia do Abismo - Diálogos com Antonin Artaud", da Bahia; "Heróis", de São Paulo, com sessões presenciais e on-line; e de transmissão on-line, diretamente de São Paulo, e com interação com público expectador, "Caso Cabaré Privê", dirigido por Pedro Granato.
Desenvolvendo ações de Ocupação Urbana, duas atrações do DF, "Malacatifa", idealizado por e com atuações de Ana Flávia Garcia, Elisa Carneiro e Gabriel Guirá; e "Carnaval Silencioso", da Andaime Cia de Teatro.
Travessia nasceu "para criar pontes, alicerçar conexões", ressalta o curador. Interrelações pessoais, no seu ponto de vista, vêm do conhecido, daquilo que afeta, do contato, entretanto, através da arte, da diversidade, do simbólico, "nos entregamos ao desconhecido", provoca. Todas as estreias serão seguidas de bate-papo, de cerca de meia hora, entre a plateia e o elenco e direção da obra apresentada.
Não obstante, a linha curatorial do festival convida a sentir expressões que transitam em um campo comum, entre experiências diversas do texto e da matéria, da palavra e da física humana e da poesia dos corpos em ação. As pontes, por este prisma, ganham corpo na integração consonante das linguagens do teatro, da música, do cinema, da fotografia, da arte & tecnologia e da performance.
No campo da música, o festival traz a cantora brasiliense Ligiana Costa, que se apresenta na abertura do Festival acompanhada de Coralistas; e no encerramento de Travessia, a atracação local Thabata Lorena abre show da baiana Josyara.
Antecipando a estreia do Festival, a cantora e letrista Ligiana Costa promove uma oficina de canto. Na qual, a cantoras de Brasília, será apresentado o repertório completo de seu show EVA, que abre o Festival no dia 13. As participantes [da oficina] comporão o coro de sua apresentação.
Travessia é uma realização da Arte Viva e Ibranova, com produção executiva de Formiga Produções, e apoios do SESC Garagem, Espaço das Árvores Restaurante Tropical, Jamburita Cozinha e Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

Sobre as atrações musicais:

Josyara apresenta Mansa Fúria, show de seu 2º disco, lançado em 2018. O disco traz um retrato da cantora, compositora e violonista baiana em seu percurso sertão/litoral/metrópole. Nascida em Juazeiro, interior da Bahia, Josyara traz em suas composições um olhar sensível sobre seu cotidiano e história, embaladas por seu violão percussivo e potente.

Ligiana Costa nasceu em São Paulo, mudou-se para Brasília ainda muito jovem e, depois de rodar o mundo, fixou residência de volta em São Paulo. Estudou canto lírico na UnB e fez especialização em canto barroco na Holanda. De lá, seguiu para a Itália onde concluiu mestrado em filologia musical da renascença e idade média e depois para a França, onde fez doutorado sobre ópera barroca junto ao Centro De Estudos da Renascença de Tours. Nessa época começou a cantar música brasileira e, logo em seguida, descobriu o gosto pela composição. Em 2013 Ligiana lançou o disco Floresta, produzido e arranjado pelo maestro Letieres Leite e gravado em Salvador. Desde 2015 Ligiana vem se dedicando ao seu duo de música eletrônica barroca, NU (Naked Universe), em parceria com Edson Secco. Para o Festival Travessia, Ligiana apresenta o show de seu novo álbum EVA (Errante Voz Ativa). Cada canção deste projeto carrega o nome de uma mulher, cada canção é uma homenagem à multiplicidade de vozes femininas, mas também um discurso único.

Thabata Lorena, imperatrizense radicada em Brasília. A cantora e compositora é nascida no rap e artista independente. Sua voz e swing poderosos ressaltam os elementos da cultura hip hop em fusão com a cultura popular brasileira. O show "Novidades Ancestrais" leva as pessoas a experiências sensoriais que vão do sagrado ao profano, do pensar ao sentir, do abstrato ao encarnado.

Serviço:
Festival Travessia
Curadoria: Alaor Rosa
Duração: de 13 a 19 de dezembro de 2021
Locais: SESC Garagem (513 Sul - Brasília-DF), YouTube e Birosca (Conic - Brasília-DF)
Ingressos para os espetáculos no Teatro SESC Garagem: promocional 1º Lote a R$ 30,00 (inteira), e R$ 15,00 (meia entrada para professores, estudantes, idosos e pessoas com deficiência), à venda no site sympla
Ingressos para a festa show de encerramento, dia 19/12, na Birosca a venda no site.
Espetáculos exibidos via YouTube têm acesso gratuito
Horários e classificação indicativa: confira a programação
Informações: No site travessiafestival e instagram - travessiafestival