Salvador, Anoiteceu e é Carnaval
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A vida de Salvador já tinha tempos de normalidade, até que um dia recebeu uma carta. Dentro do envelope havia uma foto de Constância, no verso uma única frase em letra bastão: SUA NAMORADA VIVE EM ERMO. Salvador foi atrás do que o bilhete dizia. Reproduziu a foto que recebera 500 vezes em tamanho grande para colar pela cidade do bilhete e levou uma caixa grande, dentro da caixa, o vestido de noiva. A peça começa aqui.
Ermo, uma cidade desencantada. Onde ninguém tem tempo para nada, não dormem, não comem, ninguém nasce e ninguém morre. Para ganharem tempo, desenvolveram um idioma próprio, Atalho, falam as palavras pela metade, para chegar mais rápido no fim da frase. Todos também têm um único nome, Silva.
Tudo ali gira em torno da TimeTime, uma fábrica de relógios. O povo da pressa, mudou o movimento do sol e o pulso do coração, parece fantasia, mas aconteceu. Quanto mais relógios, mais dia Ermo tinha. A noite encurtou, o dia alongou e enquanto era dia o sol ficava a pino, quando a noite caia, o sol despencava a olhos vistos.
Chegando em Ermo, Salvador encontra Margarete, a única cidadã dali que não desencantou, a única que o coração faz TUM DUM. Margarete tem um amigo encantado, Xuê, é um ser que ninguém sabe explicar bem o que é, mas sabe-se que os Silva não conseguem vê-lo, como também não veem Ioiô, outra amiga inseparável de Margarete, também um ser misterioso.
Margarete promete ajudar Salvador a achar seu amor. Salvador promete ajudar Margarete a salvar sua cidade, a partir daí, seguem numa jornada musical e apaixonada, cheia de mistério e paixão.
Ficha técnica:
Idealização: Paulo Verlings; Dramaturgia: Marcéli Torquato; Supervisão dramatúrgica: Jô Bilac; Direção: Vilma Melo; Direção musical: Marcelo Rezende; Direção de movimento: Valéria Monã; Elenco/personagens: Paulo Verlings (Salvador), Aline Carrocino (Ioiô), Carolina Pismel (Ceo), Ester Dias (Margarete), Jefferson Melo (Silva/Carlinhos), Nando Brandão (Gerente), Patricia Elizardo (Silva/Madá) e Udylê Procópio (Xuê); Músicos: João Vinicius Barbosa (guitarrista e violonista), João Marcos Freitas (baterista), Lucas Fixel (baterista), Leandro Vasques (baixista), Tássio Ramos (baixista); Sound design: Rossini Maltoni; Iluminação: Anderson Ratto; Cenografia: Mina Quental; Cenotecnia: André Salles; Figurino: Karen Brusttolin; Visagismo: Rafael Fernandez; Preparação vocal: Germana Guilhermme; Assessoria de imprensa: Rodrigo Machado - Território Comunicação; Programação visual: André Senna; Fotos de divulgação: Paula Kossatz; Redes Sociais: Mariã Braga; Filmmakers: Jony Luz, Marcelo Ribeiro e Sâmia de Castro Hatem; Edição: Jony Luz; Assistência de direção: Fernanda Dias; Assistência de direção Musical: Guilherme de Menezes; Assistência de cenografia: Marieta Mendonça e Mariana Castro; Assistência de visagismo: Loeni Mazzei; Adereços: Claudia Taylor e Franz Pinto; Adereço de cabeça: Flávio Souza; Costura: Vera Costa; Design de sapatos: Gomes; Operação de luz: Poliana Pinheiro; Operação de som: Jackson Marques; Microfonista: Thauan Eduardo; Contrarregragem: Bruno Oliveira; Camareira: Nanda Fer Pimenta; Marketing cultural: Bruno Paiva e Carolina Taulois; Coordenação administrativo-financeira: Patrícia Basílio; Contabilidade: Darly Alves - Alac Contabilidade; Produção executiva: Dalila Tardelli; Produção local: Raquel Fonseca; Direção de produção: Ártemis e Paulo Verlings; Idealização: Paulo Verlings; Produção: Outrar Produções Artísticas EIRELI; Patrocínio: Banco do Brasil; Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Sobre o CCBB Brasília
O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília foi inaugurado em 12 outubro de 2000, após uma grande reforma de adaptação do Edifício Tancredo Neves, com o objetivo de reunir em um só lugar todas as formas de demonstração de arte e criatividade possíveis, para levá-las ao público da capital.
O edifício Presidente Tancredo Neves faz parte de um conjunto de obras arquitetônicas assinadas por Oscar Niemeyer. Com o seu imenso projeto paisagístico, idealizado por Alda Rabello Cunha, o prédio conta com amplos espaços de convivência, café, restaurante, galerias, sala de cinema, teatro, salas multiuso, jardins e uma praça central para eventos abertos, onde são realizados shows, espetáculos e performances.

Serviço:
Salvador, Anoiteceu e é Carnaval
Local: Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Espacial Sul – Brasília - DF
Temporada: de 13 a 30 de abril de 2023
Horários: de quinta e sexta, às 20h, e sábado e domingo, às 15h e às 19h
Ingresso: R$ 30,00 (inteira), e R$ 15 (a meia para estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com deficiência (e acompanhante, quando indispensável para locomoção), adultos maiores de 60 anos e clientes BB), à venda no site do bb ou na bilheteria do CCBB Brasília
Capacidade do teatro: 327 lugares (sendo 07 espaços para cadeirante e 03 assentos para pessoa portadora de obesidade)
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: as sessões noturnas são recomendadas para maiores de 14 anos, já as vespertinas são para todas as idades, um espetáculo para toda a família.
Informações:
Fone: 6131087600
E-mail: ccbbdf@bb.com.br
Site do bb
Facebook/ccbb.brasilia
Twitter/ @ccbb_df
Instagram/ccbbbrasilia
Youtube/ Bancodobrasil
Evento
Com patrocínio do Banco do Brasil, o Centro Cultural Banco do Brasil Brasília recebe em seu teatro, de 13 a 30 de abril, o espetáculo
Salvador, Anoiteceu e é Carnaval
Com direção de Vilma Melo, duas versões da mesma obra foram concebidas pela dramaturga Marcéli Torquato, tendo como protagonista o ator Paulo Verlings
Com elenco multirracial, além de três músicos que tocam ao vivo, o espetáculo idealizado por Paulo Verlings vislumbra questões da nossa contemporaneidade que tocam de forma sensível. A peça tem como personagem central Salvador, um jovem músico e compositor em busca de sua namorada, que sumiu no dia do casamento. Ele sai à sua procura depois de receber carta anônima dizendo que ela está em Ermo, uma cidade desencantada. “Salvador tem personalidade pura, uma vertente muito sonhadora, o que o aproxima um pouco da versão lírica de uma fábula. É um herói fabulesco”, sugere Paulo.
A ideia que fez gestar - pela dramaturga Marcéli Torquato - o texto de “Salvador, Anoiteceu e é Carnaval” surgiu do ator Paulo Verlings, intérprete do personagem título “Salvador”, e que em cena é acompanhado por um elenco multirracial sob a direção geral de Vilma Melo. Três músicos, sob a direção de Marcelo Rezende, executam a trilha sonora ao vivo, interpretada pelas atrizes e atores.
No elenco estão: Paulo Verlings (Salvador), Aline Carrocino (Ioiô), Carolina Pismel (Ceo), Ester Dias (Margarete), Jefferson Melo (Silva e Carlinhos), Nando Brandão (Gerente), Patricia Elizardo (Silva e Madá) e Udylê Procópio (Xuê).
A temporada no Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília acontece de 13 a 30 de abril. Com sessões quinta e sexta, às 20h, e sábado e domingo, às 19h, classificação indicativa para maiores de 14 anos, e outras sábado e domingo, às 15h, livre para todas as idades. Para acessibilidade do público, além dos lugares para cadeirantes e obesos, durante a temporada, haverá uma sessão com intérprete de Libras. Com patrocínio do Banco do Brasil, após a temporada no CCBB Brasília, o espetáculo segue para os CCBBs São Paulo e Belo Horizonte.
“A peça não está distante do que nós, sociedade moderna, estamos atravessando, tanto no sentido global, quanto em um recorte mais específico sobre o nosso país. Marcéli (a autora), nos presenteia com um olhar poético sobre esse comportamento. Há aqueles que são seduzidos por um encaixe, por um padrão, pela falta de questionamento, e acabam por anular a sua individualidade... Em contraposição, há os que lutam pela liberdade de ser, de existir, de estar”, comenta a diretora Vilma Melo.
“Esse espetáculo surge do meu desejo de trazer à tona questões como: onde nós estamos colocando o nosso tempo, o nosso trabalho, os nossos sonhos? Que qualidade de vida estamos tendo? Até que ponto a gente perde a mão?”, indaga Verlings, que arremata: “a ideia é trazer essa discussão através dessa fábula, que fala sobre a questão do corporativismo que invade a vida contemporânea e tem como contraponto popular as músicas do Carnaval de Salvador”.
A trilha musical do espetáculo
“Salvador chega a Ermo, uma cidade ‘parada’ para a vida, contagiando as pessoas com composições de Caetano Veloso, Ivete Sangalo, Margareth Menezes, Chiclete com Banana, AraKetu, Luiz Caldas, Timbalada, Armandinho, Dodô e Osmar, que marcaram época, e outros, não baianos, ajudam compor a trilha sonora”, comenta o diretor musical Marcelo Rezende.
No repertório de “Salvador, Anoiteceu e é Carnaval”, compostos por 23 clássicos, estão Nobre vagabundo, Não Precisa Mudar e Canto da Cidade, de Daniela Mercury, Haja Amor, de Luiz Caldas, Várias Queixas e Vem meu Amor, do Olodum, Gritos de Guerra e Cara Caramba, sou Camaleão, do Chiclete com Banana, Levada Louca e Baianidade Nagô, de Ivete Sangalo, Dandalunda, de Margareth Menezes, Chuva, Suor e Cerveja e Não Enche, de Caetano Veloso, e - dos não baianos - Chame Gente, de Moraes Moreira, À Primeira Vista, de Chico Cesar, e A Cor é Rosa, do Silva.
Resenha da peça
“A Marcéli tem uma forma muito poética de escrever, sem rubricas, tudo é cena. De alguma forma assumindo o papel de narradora, como se fosse ela própria nos contando essa história, misturando um pouco o conto, a poesia com a dramaturgia. Meu trabalho basicamente é dar imagem a sua poesia. E o texto dela é incrível, às vezes tenho receio de estar atrapalhando o texto da Marcéli. Ela escreve sobre o mundo fantástico, mas apontando para o mundo real que acontece agora”, diz Vilma Melo.
Salvador é percussionista de profissão, bate um tambor como ninguém. Anos atrás, namorava Constância, ela amava dançar, mas tinha mania de grandeza e dizia que dança não era trabalho, era atividade física. Salvador achava graça da namorada tão focada. Ela dizia que ele era a cigarra dela e que no inverno ela iria abrigá-lo no seu formigueiro. E ele dizia, eu te amo mesmo você sendo uma outra espécie de inseta, minha formiguinha, e riam juntos.
No dia da cerimônia de casamento, Constância desapareceu. Todo mundo achou que ela tinha fugido do compromisso, mas algo nessa história não fazia sentido, porque as coisas que ela tinha estavam na casa, tudo do jeitinho que ela deixou, carteira, lenço, o vestido preferido, o vestido de noiva prontinho.
Salvador apaixonado e desesperado, caiu no mundo atrás da moça, sem pista, não a encontrou. Chegaram a fazer um enterro simbólico - triste e bonito - para ela. Ele tocou as músicas preferidas dela, deles. Encheu um barquinho de flor, colocou o vestido preferido dela lá dentro, soltou no rio e disse: vai, formiguinha, vai conhecer o mar. Ela sonhava em ver o mar.