Moitará
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O intercâmbio de conferencistas e ativistas, oriundos de vários Povos Originários nas Américas, desenhará um amplo painel representativo da sabedoria ancestral que cada uma dessas diferentes tradições Ameríndias têm de suas culturas e cosmovisões. Celebraremos a resistência e capacidade de superação de Povos historicamente invisibilizados em suas lutas, mas sempre ativos na defesa do direito de autodeterminação e na construção de seus projetos de futuro.
Serviço: Moitará - Programa de Trocas Culturais em 2016 com a Vigília Guarani e Kaiowá
Data: De 03 de março de 2016(quinta) às 19 horas até 07 de março de 2016(segunda) às 20 horas, quando ocorre o encontro com a relatora especial da ONU, Tauli-Corpuz Local: Memorial dos Povos Indígenas (Eixo Monumental Oeste, Praça do Buriti, diante do Memorial JK)
Brasília-DF
Informações: (61) 3344-1154 e 3342-1156
Evento
Moitará - Programa de Trocas Culturais promove a Vigília Guarani e Kaiowá no Memorial dos Povos Indígenas
De 03 a 07 de março de 2016
A relatora especial da ONU, Tauli-Corpuz, estará presente no dia 07 de março de 2016
O Moitará - Programa de Trocas Culturais, responsável pela ocupação do Memorial dos Povos Indígenas (MPI) no último trimestre de 2015, volta em 2016, para promover a abertura destes encontros rituais com a Vigília Guarani e Kaiowá.
A cerimônia será em solidariedade ao Povo Guarani e Kaiowá diante da escalada de violência registrada no Mato Grosso do Sul (MS), desde junho de 2015. Toda a sociedade, os defensores de direitos humanos e os apoiadores da causa indígena são convidados para acender o fogo sagrado nesta quinta-feira, dia 03 de março, às 19 horas, no MPI. A Vigília Guarani e Kaiowá permanece até o dia 07 de março (segunda-feira) às 20 horas, ocasião em que a relatora especial da ONU, Tauli-Corpuz, estará presente no Memorial dos Povos Indígenas.
Membros do Conselho Aty Guasu do Povo Guarani e Kaiowá denunciam às autoridades nacionais e internacionais, há anos, a narrativa testemunhal de seu genocídio e de violações de direitos humanos, resultantes da omissão do Estado brasileiro na demarcação de seus territórios tradicionais – os Tekohas. No ano de 2015, este Povo sofreu dezenas de ataques paramilitares nas retomadas dos Tekohas, um dos quais resultou no assassinado da liderança Semião Vilhalva, em 29 de agosto, no Tekoha Ñanderu Marangatu – município de Antônio João (MS).
A Vigília Guarani e Kaiowá se encerrará com o encontro cerimonial de representantes de Povos Indígenas no Brasil com a relatora especial sobre os Direitos dos Povos Indígenas da ONU, senhora Victoria Tauli-Corpuz, na abertura de sua Missão Oficial ao Brasil – a ser realizada entre os dias 07 e 17 de março. Victoria assumiu o mandato em 2014, como sucessora do relator James Anaya, que ressaltou a situação de violência contra os Povos Indígenas no MS em relatório oficial da missão que realizou no país, em 2009.
O encontro com a relatora especial Tauli-Corpuz será conduzido pelo líder indígena Álvaro Tukano, atual diretor do MPI. Na oportunidade se fará um breve relato das graves violações de direitos humanos incidentes sobre as pessoas e os Povos Indígenas em nosso país, neste período recente.?Este encontro cerimonial, em Brasília, antecederá a agenda oficial da relatora da ONU nas retomadas de territórios tradicionais no MS, onde manterá audiências com membros do Conselho Aty Guasu e demais defensores de direitos humanos, testemunhas e vítimas desse continuado assalto aos Tekohas.
Nas semanas seguintes, o MPI manterá sua programação com os encontros interculturais que marcaram o Moitará - Programa de Trocas Culturais em 2015. Se realizarão rituais, palestras e conferências, que contam com a apresentação do diverso acervo de obras de autoria de realizadores indígenas, nas linguagens de Cinema, Artes Visuais e Música, além de leituras de obras de escritores procedentes de diferentes Nações Originárias.
Apoiados no êxito da experiência de 2015, quando o Moitará recebeu coletivos e autores indígenas de várias regiões do Brasil, este ano está prevista a presença de convidados de países vizinhos da bacia amazônica como Bolívia, Peru e Colômbia, além de Chile e Argentina. Para o segundo semestre de 2016, se programa a vinda de pensadores indígenas da Guatemala, México e Estados Unidos.