As Caixeiras
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Clique para Ampliar a Imagem
Evento
As Caixeiras Cia. de Bonecas celebram dez anos com o projeto Reviravolta
"Reviravolta" é um projeto do grupo brasiliense As Caixeiras Cia. de Bonecas. A companhia completa 10 anos em 2017 e para marcar a data, decidiu recriar, por meio de oficinas, o espetáculo para crianças “De outro jeito”, que estreou em 2011 e desde então tem encantado alunos de diversas escolas e eventos do Distrito Federal.
O nome "Reviravolta" reafirma a necessidade de aprofundar aspectos fundamentais da execução do projeto, como por exemplo, a manipulação dos bonecos, a reconstrução de elementos de cena, a compreensão das possibilidades educativas que podem emergir das apresentações feitas para o público de primeira infância, a experimentação atenta à mesclagem das linguagens do Teatro de Boneco e a Palhaçaria, entre outros.
A proposta visa aprofundar a pesquisa no campo do Teatro de Formas Animadas, em especial a construção e a manipulação de bonecos de manipulação direta com profissionais renomados do Brasil e Argentina, e compartilhar esse aprendizado com artistas do DF por meio da realização de oficinas gratuitas. Este processo se alia à manutenção do espetáculo de bonecos “De outro jeito”, que vai circular por escolas de Educação Infantil do DF, com atividades educativas de mediação para a formação de plateia.
A primeira etapa do projeto "Reviravolta" ocorre nos dias 11 e 12 de março com a Oficina de Confecção de Bonecos, ministrada pela construtora e marionetista argentina Rosana Lopez, uma exímia escultora de bonecos, formada em Artes Plásticas e integrante da Cia. El Alma em ei Hilo.
A segunda etapa acontece nos dias 9 a 11 de junho, com a realização da Oficina de Manipulação Direta, ministrada por Igor Godinho, integrante do coletivo O Pigmalião Escultura Que Mexe. Godinho tem como focos a marionete de fios, a relação do ator com o boneco e o Teatro Visual.
Após as duas oficinas, o projeto Reviravolta entra em uma terceira etapa, que consiste no aprofundamento dos aspectos fundamentais de sua execução por meio da remontagem do espetáculo "De outro jeito".
"Comemoramos nossos dez anos de grupo com uma trajetória sólida e cheia de aprendizados. Hoje temos cinco espetáculos em nosso repertório e isto comprova que nestes anos temos dado duro para nos manter enquanto grupo, atuantes e produtivas em nossa cidade." Conta Amara Hurtado, uma das integrantes das Caixeiras Cia. de Bonecas.
"Gostamos de ver que, além do crescimento interno da companhia, temos compartilhado tudo isto com o público em suas diferentes faixas etárias e contextos sociais. Para nós não teria sentido toda esta produção se não a levássemos para lugares diferenciados. Não valeria tanto suor se não chegássemos as escolas rurais, aos grupos de mulheres, creches, movimentos sociais e comunitários. Para as Caixeiras o Teatro é para todos e nós fazemos questão de fazer valer nosso compromisso com a sociedade em que vivemos e por isso gostamos e não medimos esforços para compartilhar com todos. As oficinas são uma maneira de partilhar aprendizados com outros artistas que também buscam seu aperfeiçoamento. Queremos celebrar com todos e as oficinas são um meio de fazer isso." Convida Amara Hurtado.
Sobre o espetáculo "De outro jeito":
Em 2011, As Caixeiras Cia. de Bonecas criaram o espetáculo infantil de bonecos “De outro jeito”. A montagem optou por trabalhar com bonecos de manipulação direta, com uma atriz manipulando um boneco e trabalho de interpretação das atrizes. Em quatro anos, percebeu-se que a manipulação feita por apenas uma pessoa perde muito sua precisão, seu efeito de “realidade”, e ainda sobrecarrega fisicamente o corpo das manipuladoras. Outro ponto observado é que a relação entre as atrizes e a plateia cresce a cada apresentação, porém é preciso fundamentar tal jogo.
Para o grupo essa lacunas poderão ser preenchidas pelo trabalho e apropriação da linguagem da Palhaçaria e aperfeiçoamento da manipulação de bonecos. Para alcançar esse objetivo o projeto prevê um novo período de ensaio do espetáculo a serem conduzidos por dois profissionais do DF para orientar o grupo na manipulação, no jogo e na movimentação cênica a partir de uma perspectiva na linguagem do Clown. A atriz, palhaça e diretora Ana Luiza Bellacosta será a condutora do processo de Palhaçaria. O ator e bonequeiro Vitor Borysow auxiliará nas cenas com bonecos.
Sobre as etapas do projeto:
Reconstrução de Bonecos e Objetos: O Teatro de Bonecos tem a peculiaridade do desgaste dos objetos e cenário dos espetáculos e por isso o projeto prevê a reconstrução dos bonecos e objetos de cena. Esta atividade será realizada pelo próprio grupo com a orientação da cenógrafa Consolação Toledo, da CiaArtcum.
Atividades de Formação de Plateia: Será produzido e impresso material didático (caderno de mediação) para crianças. O material educativo, ilustrado e interativo é voltado para as crianças aprofundarem seu envolvimento e conhecimento com o Teatro de Bonecos e o espetáculo em si. Já a Mediação pré-espetáculo proporciona a sensibilização por meio de visitas realizadas nas salas de aula pelo elenco do espetáculo. A mediação pós-espetáculo será realizada imediatamente após a apresentação, com todas as crianças da escola. Esta mediação será realizada pelas atrizes, que estimularão a fala das crianças sobre o que sentiram e entenderam, entre outros pontos que serão desvelados para o elenco no trabalho com a Arte-Educadora Arlene Von-Sohsten, profissional que prestará consultoria para o projeto.
Apresentações do espetáculo: As apresentações serão realizadas em Centros de educação Infantil, para crianças com idade entre 02 e 06 anos, das seguintes cidades: Brazlândia, Planaltina, Ceilândia, Estrutural, Samambaia, Gama, São Sebastião, Itapoã, Varjão, Santa Maria.
Sobre o projeto Reviravolta:
Reviravolta, voltar-se sobre si mesmo. É um projeto que pretende revirar o espetáculo “De outro jeito”, das Caixeiras Cia. de Bonecas, criado em 2011. Ampliar a pesquisa dos artistas envolvidos, aprimorar técnicas, compartilhar saberes na área do Teatro de Animação e criar ações artísticas e educativas para crianças são os objetivos do projeto. Após muitas apresentações do espetáculo em questão, o elenco se depara com o encantamento das crianças diante do fenômeno teatral e com os desdobramentos emocionais, sociais, educativos que esse evento causa ao público infantil.
A criança de 0 a 6 anos é considerada um ser social, integral e em franco desenvolvimento, e o ambiente familiar e escolar são fundamentais para o desenvolvimento de todas as suas potencialidades. Partindo dessa realidade, o projeto pretende realizar um processo de reconstrução e resignificação da peça a fim de ampliar suas possibilidades culturais e educativas para, também, alcançar a qualidade técnica e estética almejada pela Cia. O projeto se desenvolve em três áreas: Aperfeiçoamento no campo do Teatro de Animação, Manutenção de Espetáculo e Circulação com atividades de formação de plateia.
O aperfeiçoamento e a partilha de saberes é uma necessidade que o grupo sente em relação à linguagem do Teatro de Bonecos, visto que o número de artistas no DF que pesquisa essa modalidade é bastante reduzido. Por isso, o projeto propõe duas oficinas voltadas para bonequeiros.
Para dar continuidade ao projeto, a manutenção do espetáculo é necessária, pois o desgaste dos materiais tem comprometido sua qualidade. Após as oficinas de construção e manipulação, o elenco passará por ensaios conduzidos por profissionais a fim de aprofundar as possibilidades técnicas e estéticas da peça: apropriação da linguagem de Clown e aperfeiçoamento das cenas de bonecos.
Ao contrário de muitos espetáculos infantis que utilizam o teatro como uma representação do real e até mesmo imitação de personagens televisivos, a peça “De outro jeito” opta por uma encenação sem falas, com um ritmo mais lento e contemplativo. A peça aborda temas como o nascimento, a vida, o amor e a morte. Para encontrar a melhor abordagem para lidar com o público infantil, o projeto convida uma arte-educadora para criar atividades de sensibilização antes e após a apresentação da peça. Essas ações direcionarão o olhar dos espectadores para elementos específicos do fenômeno teatral e, acima de tudo, para que possam encontrar um espaço de contemplação e de reflexão de si, do outro e de suas relações.
Oficina de Confecção de Bonecos com Rosana Lopez:
A Oficina de confecção é ministrada pela bonequeira argentina Rosana Lopez. A proposta é compreender de maneira pratica a mecânica para a construção de mecanismos e articulações para bonecos de manipulação direta. Para tal, é preciso a compreensão de escalas, proporcionalidade, eixo, peso e contrapeso, tipos de corte, ângulos, tipos de materiais, possibilidades de encaixes e gatilhos.
A ação visa aperfeiçoar e ampliar a técnica de construir bonecos de teatro ao mesmo tempo em que possibilita a profissionalização e a independência dos bonequeiros brasilienses. Ao final, cada participante terá construído um boneco.
Oficina gratuita, com duração de 12 horas/aula para até 15 pessoas. A oficina é direcionada para artistas, professores e bonequeiros, com preferência para quem já trabalha com Teatro de Animação. Será realizada no Laboratório de Formas Animadas da Universidade de Brasília (LATA-UnB), no Edifício Multiuso.
Ministrante: Rosana Lopez é construtora e marionetista argentina, vive em Mendoza. Exímia escultora de bonecos e integrante da Cia. El Alma em ei Hilo e formada em Artes Plásticas.
Oficina de Manipulação Direta com Igor Godinho:
O Pigmalião Escultura Que Mexe sempre procura em seus trabalhos dar ao público a ilusão de que seus bonecos estão vivos. Para que isso aconteça, o grupo pesquisa a naturalidade e a semiótica de cada gesto, postura ou formas diferentes de locomoção fazendo crer que objetos inanimados têm alma própria. Nesta oficina, o Pigmalião compartilhará suas técnicas de manipulação direta organizadas em cinco conceitos-chaves: peso e contrapeso, foco, gestos essenciais, economia e triangulação. Por meio de exercícios e práticas de criação, os alunos serão estimulados a observar e representar diferentes formas de movimento que podem ser aplicadas nas diversas técnicas de manipulação.
A oficina será realizada para até 15 bonequeiros do DF, com o objetivo de aperfeiçoar e ampliar as possibilidades técnicas de manipular objetos e/ou bonecos de balcão. Será gratuita e terá 18h/aula.
Ministrante: Igor Godinho - O Pigmalião Escultura Que Mexe é um coletivo de artistas que encontrou no Teatro de Bonecos o veículo ideal para desenvolver trabalhos no limite entre as Artes Cênicas e as Artes Plásticas. Criado em 2007 em Belo Horizonte/MG, o grupo sempre procurou desenvolver espetáculos com profundidade conceitual e filosófica. A marionete de fios, a relação do ator com o boneco e o Teatro Visual são seus principais focos. Na construção contínua de sua identidade, o Pigmalião busca o reconhecimento do Teatro de Bonecos na produção artística contemporânea.
O projeto tem patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura do Distrito Federal e conta com parceira entre As Caixeiras e o Laboratório de Formas Animadas da Universidade de Brasília (LATA-UnB) e apoio da Universidade de Brasília (UnB).
Sobre As Caixeiras Cia. de Bonecas:
O grupo teatral brasiliense, criado em 2010, completa 10 anos em maio de 2017 e é formado pelas atrizes Amara Hurtado, Jirlene Pascoal e Mariana Baeta. As Caixeiras tem dedicado sua pesquisa ao Teatro de Formas Animadas. O repertório da Cia. é composto pelos espetáculos "Coisas de Mulher", "Caixa de Mitos - Lendas do Brasil", " De Outro Jeito", "Cabeças Vorazes" e "Tecendo Volúpias".
Uma história animada
Em 2007, Amara Hurtado, Jirlene Pascoal, Mariana Baeta e Moema Becker juntaram-se com o desejo de construírem espetáculos de Teatro Lambe-lambe. A inspiração era a independência que essa linguagem oferecia em sua essência e na sua prática. Partindo disso, as quatro atrizes que estavam sem grupos e tampouco executando outros projetos teatrais à vista, debruçaram-se sobre o fazer artesanal, autoral e criativo da construção do Teatro de Caixas.
Partindo da experiência pessoal de cada uma e da vontade de dar voz às questões sobre o universo feminino, optaram por criar três caixas teatrais com essa temática. Uma das quatro caixas já estava pronta, pois já havia sido criada e executada por Moema durante muito tempo, e para aquele momento ela daria o apoio às novas caixeiras e aproveitaria para aprimorar o seu trabalho que já existia.
Durante seis meses as quatro artistas empenharam-se para criar a dramaturgia, cenografia, estrutura das caixas cênicas, sistema de iluminação, sonorização, confecção de bonecos e ensaios para orquestrar todas as demandas que um lambe-lambeiro – forma carinhosa que os artistas dessa linguagem se denominam - executa em sua curta sessão teatral. Foram meses divertidos, criativos, desafiantes!
Em novembro de 2007, as quatro caixas foram pra rua, apresentadas na cidade do Recanto das Emas, durante o projeto Sábado Mulher, realizado pelo Instituto Arcana. Foi um dia especial, além do frio na barriga, das dificuldades técnicas em operar todos os botões e bonecos ao mesmo tempo, lidar com as enormes filas que se formavam na frente de cada caixa, ainda teve chuva. Muita chuva! Estreia de desafios e vitórias!
Felizes com o projeto concretizado e com os novos convites que surgiram para levar as quatro caixas para estivais, projetos, festas e outros tipos de eventos, as artistas que, inicialmente, pensavam na independência, viram surgir um desejo carinhoso e amistoso de continuarem juntas. Durante aqueles seis meses, foram criando uma rede de amizade, de afetividade e empatia criativa que ao final não havia mais como estar separadas. Foi então que As Caixeiras Cia. de Bonecas se assumiram como um novo grupo teatral de Brasília. Uma Cia. que estava empenhada a difundir o Teatro Lambe-lambe na capital e apresentar pílulas poéticas em todas as partes do DF por meio de suas caixas mágicas.
O espetáculo COISAS DE MULHER, criado em 2007, é o primeiro trabalho do grupo. Com ele o grupo participou de vários projetos de Brasília, como o Festival Mulher em Cena, Festival de Bonecos de Brasília, Circularte, Cena Contemporânea, Festival de Teatro de Bonecos de Brasília, entre outros. Nessas apresentações a maturidade do grupo foi aumentando e a cada apresentação percebia-se o comprometimento que cada uma tinha com aquele ofício que muitas vezes era menosprezado pela classe artística da cidade -“hum, teatrinho de bonecos” - era o que ouvíamos.
Essa depreciação e rotulação de que teatro de bonecos é para crianças e por isso não é “artístico” foi apurando no grupo uma vontade de mostrar que o Teatro de Animação é vasto, belo e é tão artístico como qualquer outra linguagem cênica. Ganhamos uma força política, um desejo de mostrar a cara, de mudar uma realidade.
Desses novos quereres vieram a vontade de fazer um novo espetáculo, um novo lambe-lambe, de uma maneira nova, dar uma modernizada no que tínhamos feito e no que víamos de teatro de caixas pelos locais por onde encontrávamos lambe-lambeiros. Acrescido a isso estava a necessidade de representar os mistérios brasileiros, em especial de seus mitos. Nasce CAIXA DE MITOS – LENDAS DO BRASIL, um espetáculo de Teatro Lambe-lambe que narra, por meio de imagens criadas por bonecos as histórias ouvidas na infância: Saci, Boitatá, Curupira, Iara e o caçador.
Novamente nos debruçamos sobre a criação de cada parte, desde o roteiro até a pintura final da caixa. Inovamos, colocando três espectadores por vez na caixa e duas manipuladoras por detrás da “mágica” com os bonecos, luzes e som. Estreamos no Festival de Teatro de Bonecos de Brasília, em 2009. Também nesse período o grupo passou a ser composto somente por três integrantes, Amara, Jirlene e Mariana. Moema havia ido trilhar outros caminhos pelo Brasil.
Após quatro anos fazendo inúmeras apresentações com os dois trabalhos de Lambe-lambe, realizando oficinas sobre a confecção de caixas e suas especificidades cênicas, elaborando projetos variados, As Caixeiras decidiram dar um novo passo e experimentar o teatro de bonecos fora da caixa. Nesse ano convidaram o bonequeiro Marco Augusto, do grupo brasiliense Voar, para dirigir o espetáculo dirigido ao público infantil DE OUTRO JEITO, inspirado no livro infantil “O homem que amava caixas”. Um novo desafio que proporcionou novos estudos, encontros com outros artistas da cidade para compartilharem suas habilidades. A peça estreou na Escola Parque da 304 Norte com um auditório lotado crianças sedentas por uma boa história.
No mesmo ano, 2011, a Cia. convida o ator e diretor José Regino para dirigir um novo espetáculo do grupo com a temática adulta da volúpia. Dessa vez As Caixeiras aventuram-se pelo Teatro de Objetos, um estilo teatral novo, desconhecido e muito desafiador. Mergulhadas no tema e nas descobertas das fascinantes possibilidades que o tetro de objetos oferecia, o espetáculo VOLÚPIA estreou em novembro de 2011, no Espaço Mosaico.
Após essa última montagem, o grupo buscou maneiras de circular e apresentar os quatro espetáculo que agora tinha em seu repertório. Criaram projetos como Circulação nas Bibliotecas Públicas do DF, Teatro nos Jardins, Hoje tem Teatro na Minha Escola!, Festejo do Teatro Lambe-lambe; apresentaram-se em festivais nacionais e internacionais e continuaram a buscar inspirações para novas produções. Andamos pelo Rio de Janeiro, Goiânia, São Paulo, Porto Alegre, Cuiabá, Sintra (Portugal), Valparaíso (Chile), entre inúmeras cidades do DF.
Em 2016, o grupo é selecionado no prêmio de montagem Miryan Muniz da Funarte para a criação do espetáculo adulto CABEÇAS VORAZES. Para essa nova empreitada o grupo convidou a bonequeira e professora Isabela Brochado para dirigir o trabalho. Novamente a temática do feminino, da sexualidade e do mito indígena são as fontes de inspiração dessa nova peça. A Cia. escolheu o mito indígena “A Cabeça Voadora” para ser encenado por bonecos em miniatura dentro de uma estrutura inflável e com a duração de 12 minutos. É uma espécie de “lambe-lambão” – o grupo brinca. A estreia ocorreu em junho na área externa do Teatro Sesc Garagem, em Brasília, e depois circulou por 10 locais diferentes do DF.
Também em 2016, As Caixeiras retomam a temática da volúpia e convidam a atriz e diretora Catarina Accioly para dirigir uma nova montagem. Com apoio do FAC, a encenação é uma fusão do trabalho das atrizes com objetos, música e iluminação que revela ao espectador diferentes ápices de volúpia, rompendo com o estigma da volúpia meramente sexual. TECENDO VOLÚPIAS é o sexto trabalho das Caixeiras e encerra sua temporada de estreia em 2017, celebrando os dez anos da companhia.
Com 10 anos de existência, As Caixeiras Cia. de Bonecas é um grupo de teatro brasiliense que se permite desafios, novas experiências e partilhas com diferentes pessoas e profissionais. Essa é uma característica do grupo que não possui um diretor, então os processos são colaborativos entre suas integrantes e os artistas convidados para dirigirem, tocarem, iluminarem, produzirem, entre outras habilidades artísticas. Fazer junto é um aprendizado que para a Cia. é fundamental para seu crescimento e aperfeiçoamento.
Dentro desse mesmo contexto está a experimentação artística que não ficou afixada no Teatro Lambe-lambe, como havia sido concebido inicialmente. As possibilidades dentro do Teatro de Animação são tão ricas e infinitas que não se deseja reduzir, fixar ou permanecer numa única forma. Busca-se o novo, o irreverente, o desafiador. Esses são os motores que movem As Caixeiras a continuarem buscando maneiras de colocar expressivamente, dramaticamente, artisticamente sobre seus questionamentos, amores, desamores, tristezas, alegrias e visões do mundo. Continuam, também, procurando meios criativos e atrativos de quebrar o preconceito do grande público e da classe artística, em relação ao Teatro de Formas Animadas, pois para As Caixeiras esse teatro, assim como qualquer outro, quando é feito com verdade precisa ser respeitado e valorizado. Para, a linguagem do Teatro de Formas Animadas alcança a todos: crianças, jovens e adultos que queiram se encantar e conhecer boas e loucas histórias!
Caixeiras 10 anos! Vamos celebrar com arte, com bonecos, com Teatro!
Serviço: Projeto Reviravolta
Oficina de Confecção de Bonecos
Dias: 11 e 12 de março de 2017 – das 9h às 12h e das 14h às 17h
Local: Laboratório de Formas Animadas da UNB (LATA) - Edifício Multiuso
Brasília-DF
Oficina de Manipulação Direta
Dias: 9 a 11 de junho de 2017 – das 9h às 18h
Local: Laboratório de Formas Animadas da UNB (LATA) - Edifício Multiuso
Brasíllia-DF
As oficinas são gratuitas
A participação deverá ser feita mediante inscrição pelo e-mail: oficinas.caixeiras@gmail.com
O candidato ou candidata deverá enviar nome completo, telefone e breve currículo com informação acerca da experiência do candidato com Teatro de Animação.
Informações: ascaixeiras@gmail.com e (61) 98402-3120
Oficinas: oficinas.caixeiras@gmail.com